sábado
Palavra
Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do homem.
Jesus insiste na vigilância, repetindo quase as mesmas palavras do início do texto. Todo o Capítulo 24 de São Mateus apresenta uma visão escatológica e por isso também um convite constante à vigilância. “Estai atentos…, vigiai…, estai preparados…”. O Evangelista termina este capítulo com o texto que meditámos, acrescentando ainda a parábola do servo que o senhor castigou quando voltou e não o achou vigilante. Mais advertências da parte de Jesus não poderíamos esperar.
Meditação
Hoje começamos o tempo de Advento. Que significa estar preparados? Como? O Senhor fala-nos em não nos deixarmos surpreender. Será que hoje a sociedade de que fazemos parte está mais vigilante e menos despreocupada do que os contemporâneos de Noé? Concretamente, como penso preparar-me durante este tempo para esta vinda do Senhor? Arranjarei espaço e tempo para analisar em que medida estou absorvido e inconsciente pelas minhas tarefas diárias e as minhas preocupações? E para o encontro definitivo com o Deus da vida estou preparado? Penso que ainda tenho muito tempo? E se fosse já hoje, como me sentiria diante dos irmãos a quem não amo? O Deus que está à minha espera, o Deus da vida, seria o mesmo Deus a quem eu rezo?
Oração
Estamos preocupados ou mesmo amedrontados, com o momento da Vossa vinda definitiva, Senhor. Mas que interessaria o quando se nós estivéssemos convencidos de que Vós já viveis em nós? Que Vós já viestes à nossa alma, às nossas vidas e já falais connosco? Esse é o Vosso desejo, Senhor, mas nós ainda não nos sentimos preparados, receptivos, acolhedores, ouvintes comprometidos com a Vossa Palavra. Sim, não nos sentimos preparados! Custa-nos a dizer sim a todo esse Vosso projecto de amor e de comunhão. Ajudai-nos, Senhor, até que possamos dizer como São Paulo: “O mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”(Gal 6,14). E ainda: “Estou crucificado com Cristo! Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 19-20). Então estaremos minimamente preparados para a Vossa vinda. Maranatha!
Acção
Recordando a frase de Santo Agostinho: ““Tenho medo da graça que passa sem que eu perceba!”, hoje procurarei descobrir nas pessoas, nos acontecimentos, nos pormenores mais insignificantes e mesmo no silêncio, um apelo insistente a vigiar, a preparar-me para a vinda do Senhor, a não O deixar passar sem me dar conta.