Lectio Divina 10º domingo
QUINTA
PALAVRA
“Jesus
ouviu-os e respondeu: ‘Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim
os doentes’.”
O
médico é Deus que cura as feridas do seu povo (Sal 147,3; Is 61,1). O seu amor
gratuito é para nós a única cura. ‘Perfeito como o Pai’ não é quem erra menos,
mas quem ama mais. E certamente quem ama mais é aquele a quem foi perdoado mais
(Lc 7,41.43).
MEDITAÇÃO
Publicanos
e pecadores são dois termos quase sinónimos na tradição judaica e evangélica.
Daí que os fariseus se escandalizassem por Jesus se sentar com eles à mesma
mesa. A resposta à interpelação dos fariseus não veio dos discípulos, mas do
próprio Jesus, com o sentido das suas palavras e acções: veio para os que d’Ele
precisavem realmente. O médico está onde há doentes para curar, assim como
Jesus está com os pecadores porque deseja a sua salvação. Enquanto a pessoa
estiver doente, o médico terá trabalho a fazer; enquanto o pecador permanecer
no pecado, Jesus tem uma tarefa a cumprir… Provavelmente Ele espera a tua
ajuda!
ORAÇÃO
Eu decidi seguir Jesus (J.R. Monteiro – D.R.)
Eu decidi seguir Jesus.
À minha frete a esperança,
Atrás de mim a ilusão.
Eu decidi seguir Jesus.
À minha frente a Sua luz,
Atrás de mim o meu pecado.
Eu decidi seguir Jesus.
Não voltarei, não voltarei.
(Aleluia. Colectânea de cantos.
Edições Salesianas)
ACÇÃO
Seguir
Jesus, tornar-se seu discípulo, significa preocupar-se com os ‘doentes’, com os
pecadores das nossas comunidades. Vou procurar não julgar os que acho piores
que eu, mas ser para eles uma ajuda efectiva, começando com a nossa
compreensão, oração, proximidade…
SEXTA
PALAVRA
“Ide
aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’.”
Jesus
remete os fariseus para Os 6,6: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”… o
que significa que Deus é misericordioso, antes de ser exigente. Para Jesus vem
primeiro o perdão de Deus. Não o sacrifício ou as expiações, mas descobrir o
amor de Deus que nos cura verdadeiramente.
MEDITAÇÃO
Os
fariseus, especialistas da Escritura, são mandados à própria Escritura, que
contém a Lei, mas também o anúncio do perdão. A justiça de Deus não exige o
nosso sacrifício: foi a misericórdia que O levou a sacrificar-se na cruz e não
os méritos mediante os nossos sacrifícios. À religião da Lei e do sacrifício,
Jesus contrapõe uma nova, baseada no amor. Acaba a religiosidade como
sacrifício do homem a Deus e inicia a resposta de amor ao seu amor
incondicional. Se compreendermos isto, compreenderemos o verdadeiro sentido da
missão de Jesus.
ORAÇÃO
Eu quero ser, Senhor amado
Graças quero dar-te por me amares.
Graças quero dar-te.
Eu a ti, Senhor,
Hoje sou feliz porque te conheci.
Graças por me amares a mim também.
Eu
quero ser, Senhor amado
Como
o barro nas mãos do oleiro.
Toma
a minha vida,
Fala
de novo.
Eu
quero ser um vaso novo.
(Aleluia. Colectânea de cantos.
Edições Salesianas)
ACÇÃO
Fazer
sacrifícios, mas esquecer o irmão… de nada serve, diz Jesus. Ele quer um amor
ao próximo activo, quer um olhar misericordioso mas que leve à acção. Que posso
fazer eu, neste momento, para ser mais misericordioso?
