Olho
a minha volta e vejo os meus pares a olhar para as gerações mais velhas e para
a sua vivência da Páscoa um pouco de soslaio. Tanta solenidade e seriedade.
Tantos rituais e ‘tiques’ estranhos. Desde logo a questão da mobilidade da data
é fonte de confusão. A verdade é que, a necessidade de tornar a Páscoa, por
parte da indústria de bens e consumo, numa espécie de segundo Natal, fez surgir
estranhas figuras como o coelho da páscoa (de origens pagãs) que ainda suscitam
mais dúvida. E agora o Domingo de Ramos é o dia mundial da madrinha e a Semana
Santa é a semana em que se distribui pelos amigos os ovos e das amêndoas. Sei
que é um ponto de vista radical, mas isso não me leva a esquecer de tantos
jovens que, nesta altura do ano, acolhem propostas de retiro espiritual em que
procuram vivenciar e acolher a luz de Cristo ressuscitado da melhor maneira
possível. No entanto, são estes a excepcção e não a regra.

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