3ª feira

 
Palavra
Durante quarenta dias, esteve no deserto… Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome.
Jesus como que é guiado pelo Espírito até ao momento da tentação. Recorda-nos Moisés (Ex 34,28; cfr 1 Re 19,1-8). Sem nada comer, chega o momento de ter fome. Na humanidade de Jesus esta tentação de pão transfigura-se em tentação de absoluto. Quem pode, neste contexto, tentar o próprio Deus entre nós? Quem ousa fazer da humanidade de Jesus e da sua fome, uma oportunidade para proclamar um outro querer e um outro existir de poder e necessidade?
 
Meditação
Na humanidade de Jesus sentimos a sua proximidade e profundidade de existência. Não lhe basta um só “plano” de configuração (esta de ser tão humanamente nosso que chega a sentir a nosso fome) mas é apresentado um outro “plano” (esse de ser tão profundamente de Deus que qualquer provocação tudo se transforma em sem sentido e limitação). Após a sua saciável e humana fome, procuramos em Jesus esse outro rosto que nos transporta para a sua transcendência e absoluto. Quem é este Jesus para ti? Tão humano que se torna insignificante? Tão de Deus que se torna distante e inacessível? Jesus é mais…
 
Oração
Dá-nos, Senhor, sempre do teu alimento: para que a nossa fome de ti seja saciada pelo teu amor. Para que em cada instante possamos vencer a tentação do eu absoluto. Para que sejas sempre a luz, o caminho, a vida. Para que sejas, em nós, certeza de futuro e abundância saciada daquilo que mais necessitamos… Para que sejas Senhor e Mestre, exemplo e caminho. Vida e abundância.
 
Acção
Diante da tentação da indiferença com o outro, procura estar atento, ajudar, partilhar o que és e sentes.
 
 

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