Citamos a notícia da Agência Ecclesia :
Bento XVI aprovou este Sábado a publicação do decreto que reconhece as «virtudes heróicas» de Mons. Joaquim Alves Brás, que há 75 anos fundou o Instituto Secular das Cooperadoras da Família.
Joaquim Alves Brás nasceu em Casegas, a 20 de Março de 1899. Foi ordenado padre em 19 de Março de 1925, na Diocese da Guarda. Apóstolo da Juventude trabalhadora e particularmente sensível aos mais pobres e marginalizados, fundou a Obra de Santa Zita em 1932 e o Jornal «Voz das Criadas», hoje «Bem-Fazer».
Fundou o Instituto Secular das Cooperadoras da Família em 1933 e em 1962 o Movimento por um Lar Cristão e o Jornal da Família. Em 1958 recebe do Papa Pio XII o título de Monsenhor e em 1962 do Papa João XXIII, o de Prelado Doméstico.
Morreu a 13 de Março de 1966, vítima de um acidente rodoviário, em Lisboa. O Processo de Beatificação teve início em 1990.
Dulce Teixeira de Sousa, responsável pelo ISCF, revela à Agência ECCLESIA a sua satisfação por esta decisão de Bento XVI, referindo que era algo de que estava à espera há algum tempo.
“Há muito tempo que o processo estava em Roma e, para além disso, estamos a celebrar os 75 anos do Instituto e convidámos o Cardeal Saraiva Martins para presidir à peregrinação, reforçando o pedido” de que fosse dado este passo nas Bodas de Diamante.
Esta responsável destaca que são muitas as pessoas que comunicam “graças” atribuídas ao novo “venerável” ou a deixar pedidos no jazigo, no Cemitério dos Prazeres. Estas graças “têm aumentado progressivamente”, seja por causas físicas ou morais, “sobretudo no campo da família”.
O reconhecimento da heroicidade das virtudes cristãs surge hoje, após o exame detalhado dos relatos das testemunhas no processo de beatificação. A Santa Sé dá assim um parecer positivo ao trabalho desenvolvido sobre a vida, virtudes e fama de santidade de Mons. Alves Brás, que é assim proclamado “venerável”.
A segunda etapa do processo consiste no exame de eventuais milagres atribuídos à intercessão do “venerável”. Se um deste milagres for considerado autêntico, o “venerável” é considerado “beato”. Quando após a beatificação se verifica um outro milagre devidamente reconhecido, então o beato é proclamado “santo”.
Octávio Carmo