Viver a salvação
Luís Rodrigues
A salvação é a obtenção da paz, da felicidade, do bem-estar e a plena realização pessoal e comunitária, resultantes de uma profunda e intensa comunhão com a Trindade.
Esta salvação é resultado de uma chamamento de Deus – a vocação fundamental a ser filho de Deus -, e a resposta livre e consciente de cada pessoa, no seio da sua comunidade eclesial de referência.
O cristão adulto não é aquele que espera ser salvo no fim dos tempos, mas aquele que se sabe já salvo e experimenta já, de forma imperfeita, a felicidade total que há-de alcançar quando o tempo e o espaço já não tiverem influência sobre ele.
Betânia: a casa da amizade
Sílvio Faria
Na sua pregação itinerante, Jesus encontrou várias vezes hospitalidade na casa de três irmãos: Marta, Maria e Lázaro (cf. Lc 10, 38-42).
João informa-nos que viviam em Betânia, no lado oriental do Monte das Oliveiras, a 3 km de Jerusalém (cf. Jo 11,18).
Desta aldeia, os evangelhos recordam outros dois lugares significativos para Jesus: a casa de Simão, o leproso (Mc 14, 3-9) e o túmulo de Lázaro (Jo 11, 38).
Orar sempre
Tarcízio Morais – Anabela
A Catequese é uma escola de oração quando ajuda, tanto o catequizando como o catequista, a meditar a Palavra de Deus na oração pessoal, a viver a dimensão comunitária da fé na liturgia e a projectar o testemunho evangélico na vida diária.
Mas que se passa quando não há disposição para orar?
É bom rezar só naqueles momentos em que nos apetece ou quando estamos dispostos a isso?
Deve-se rezar só quando faz falta? Só quando as coisas correm mal?
Nos momentos de decepção, dor e tristeza não é fácil rezar.
Nem ensinar a rezar. Quando estamos assim, o mais natural é deixar de rezar.
A palavra de Deus, porém, é clara: Orai sem cessar.
A força educativa da Graça
Rui Alberto
Uma educação moral bem integrada na educação à fé sabe reservar um papel importante para Deus e para a energia que Ele nos dá.
Tradicionalmente, os dons de Deus presentes na nossa vida são designados pelo termo \\\”Graça\\\”.
A fé, esta relação de amizade com Deus, é dom de Deus.
É Ele que toma a iniciativa e que sustenta esta relação.
A vida moral do cristão é resposta aos seus apelos.
A capacidade de agirmos à maneira do Evangelho é possível porque Deus nos dá a força para isso.
Afinal qual é o meu guião?
José Fernandes
Segundo a Análise Transaccional há seis modelos de guião de vida, válidos para todas as pessoas de qualquer idade, sexo, educação ou cultura:
Antes de, Depois, Nunca, Sempre, Quase e De final aberto.
Cada modelo tem por base uma convicção ou crença que, até ser descoberta e transformada, influencia determinantemente a vida de quem a possui.
A cada tipo de guião Eric Berne associou um mito ou um herói grego.
- Hércules
- Damocles
- Tântalo
- Aracne
- Sísifo
- Baucie e Filemon
Ir de férias com Deus
Pablo Lima
Porém, para muitos, as férias não quebram só as rotinas laborais mas também as espirituais.
Ao sair de casa, da cidade, da paróquia deixam Deus ficar em casa ou na Igreja, junto com tantas outras coisas que não cabem nos sacos ou no carro.
Curiosamente, as férias são um tempo propício, fantástico até! para poder crescer na amizade com Deus.
Dossier: grupos reduzidos
A catequese que conhecemos precisa de um grupo para funcionar.
De um grupo com um número consistente de elementos.
Mas em muitas paróquias é difícil formar grupos com um número adequado de elementos.
Embora ainda não haja, da parte de alguns catequistas e responsáveis, uma convicção autêntica, a verdade é que não se pode fazer catequese sem ser em grupo.
Não se trata apenas de, seguindo as práticas da escola, juntar as crianças numa turma para facilitar o trabalho ao catequista-professor.
Editorial: Até Setembro!
O ano pastoral está a terminar.
Nesta altura há sempre sentimentos mistos. Cansaço, alegria do dever cumprido, alguns conflitos mal resolvidos, entusiasmos que cresceram…
Este é o tempo de avaliar. Não de procurar culpados. Mas de identificar o caminho que se fez. De perceber o que funcionou e o que não correu como esperávamos.
É o tempo de sarar as feridas, os conflitos que tenham aparecido ao longo do ano.
Foi o ano em que esperávamos os novos catecismos e eles não aparecerem.
Mas, para muita gente, foi um ano de grande criatividade e coragem. Pelo menos, são as mensagens que recebemos aqui na revista, no site e nas formações em que participamos.
Muitos catequistas vão de férias. É um tempo bom para descansar, para rezar melhor, para ganhar energia para os novos desafios.
Por aqui, já estamos a trabalhar na revista do próximo ano: vai ser maior e, fruto duma parceria com uma revista francesa, vai ter sempre um suplemento a cores para a infância.
A equipa que faz a revista continua em forma e vai fazer umas contratações de peso antes da próxima época (não digo mais que o segredo é a alma do negócio).
Durante o Verão vamos trabalhar em força no desenvolvimento dos materiais de apoio aos novos catecismos (música, cartazes, cd-roms…), na agenda do catequista, no Projecto GPS, uma proposta inovadora para a catequese de jovens.
Resta-me agradecer em nome de todos os que fizeram este revista as vossas sugestões, a vossa presença de leitores, o vosso testemunho empenhado no anúncio do Evangelho aos mais novos.
É um prazer e um motivo de orgulho estar a evangelizar ao lado de catequistas tão criativos, entusiasmados e fiéis.