Eluana
Outro caso que fez correr muita tinta aqui em Itália. E que deu uns valentes insultos e empurrões no parlamento italiano.
Uma rapariga estava em coma há muitos anos, em estado vegetativo. O pai vinha insistindo para que se desligassem as máquinas. Até que o pedido chegou ao tribunal supremo que aprovou. Os políticos metera-se ao barulho.
E nisto a Igreja levantou a sua voz contra a eutanásia. E fez bem. Os nossos valores são para defender, mesmo que sejam minoritários ou que não sejam compreendidos. Até aqui nada de novo. Nem é nada de especial que acusem os cristãos de serem reaccionários. A Jesus fizeram-Lhe pior.
Mas comunicacionalmente a Igreja também não esteve tão bem. Porque se deixou colar a um debate entre políticos. Porque não soube apontar pistas. Porque não soube acolher as vivências do “outro lado” (mesmo que fosse necessário denunciar os seus limites).
Só para perceber melhor, o PM (Berlusconi) propôs-se inventar uma lei que se sobreporia à decisão (errada, diríamos nós; mas mesmo assim uma decisão legítima) do supremo tribunal. O que é um bocado para o ilegal. E alguns sectores da Igreja alinhavam com este pequeno golpe de estado jurídico.