A pastoral familiar do Porto organizou umas jornadas sobre educação sexual.
Fui convidado a participar num dos painéis, onde pude apresentar duas ou três ideias sobre o tema.
Aqui fica um resumo.
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A catequese é um recurso poderoso na Igreja. Atinge muita gente; envolve muitos adultos, gera muita formação.
É relativamente ineficiente a atingir os seus objectivos: formar cristãos adultos.
Oferece um elevado potencial de encontro gratuito entre adultos motivados e as novas gerações. Num clima de liberdade. Onde se fala de coisas sérias, “centrais” e não periféricas.
A catequese que efectivamente temos:
É omissa em relação a um projecto de educação sexual. Catequese é mais do que educação sexual; mas como a ed. sexual é central para a estruturação da pessoa, um projecto de catequese tem que ter uma intenção sistemática.
É fraca no diálogo com a vida vivida, real, dos catequizandos. também com o “universo sexual” onde vivem.
Não se tem mostrado capaz de educar criticamente, de dar mecanismos para gerir a fragmentação, para lidar com os fracassos.
A catequese que temos é também aquela em que os catequistas são os únicos adultos disponíveis, credíveis e desinteressados em estar presentes, em educar. Em tantos aspectos e também na educação sexual.
A catequese é, por vezes, o único ambiente em que o grupo permite as interacções de qualidade que ajudam a superar bloqueios e a amadurecer novas sínteses.
Recomendações:
Fortalecer a maturidade humana e cristã dos catequistas.
Cultivar uma postura de amor gratuito, capaz de acolher o catequizando na sua diferença.
Criar na catequese um clima de grupo “quente”
Rever seriamente os programas em ordem a conseguir:
Uma visão cristã da sexualidade
Sentido crítico
Saber aproveitar os recursos específicos da fé cristã
Sem medo de dialogar com a negação e o fracasso.