Lectio divina: Ascensão (ano C)

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Páscoa, Ascensão e Pentecostes são um único acontecimento de salvação.

 A Ascensão recorda o fim da vida de Jesus na terra, que tinha tido o seu início na Anunciação. A humanidade de Jesus Cristo é elevada à glória do Pai.
O que se passa qui é o regresso de Jesus à condição divina. Esta “subida ao Céu” adquire um significado profundo. Depois de ter vivido o mistério pascal da morte e ressurreição, Jesus abre-se à ação divinizante do Pai. Mas esta passagem para o Pai é feita em plena solidariedade com a condição humana. Jesus subiu ao Céu para nos ensinar a subir dos nossos paraísos aparentes às verdadeiras realidades celestes. Ele é o mediador e intercessor infalível junto do Pai. Passamos a viver, «em Cristo».
A Ascensão marca efetivamente uma viragem na História, pois a partir daí os discípu¬los assumem a missão de serem testemunhas de Jesus «até aos confins da terra. Nada do que é humano e nosso fica distante do amor divino. As luzes e as sombras da nossa humanidade são conduzidas por Jesus ao íntimo de Deus.
Hoje é também o dia da comunicação social. A Mensagem enviada pelo papa Francisco para a celebração deste dia tem por título “Comunicação e Misericórdia”. O Santo Padre quer que seja uma ocasião propícia para refletir sobre as “sinergias profundas entre comunicação e misericórdia”. Bom Domingo da Ascensão.
1. Introdução
Páscoa, Ascensão e Pentecostes são um único acontecimento de salvação. A Ascensão recorda o fim da vida de Jesus na terra; tinha tido o seu início na Anunciação. A humanidade de Jesus Cristo é elevada à glória do Pai. Jesus pede aos seus apóstolos para se manterem unidos. A unidade é um dom de Deus.
Hoje é também o dia da comunicação social. A Mensagem enviada pelo papa Francisco para a celebração deste dia tem por título “Comunicação e Misericórdia”. O Santo Padre quer que seja uma ocasião propícia para refletir sobre as “sinergias profundas entre comunicação e misericórdia”.
2. Atos 1,1-11
2.1 Texto
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. (…) Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da Qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Eles começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?» Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
2.2. Regresso de Jesus à condição divina
A Ascensão termina com o período das aparições. Subindo Jesus para os céus começam novos tempos, uma nova história da humanidade, mas em que Cristo não fica afastado do mundo até o momento em que irá aparecer glorioso. Vemos a Ascensão e esperamos a Sua vinda. Agora é o tempo do Espírito Santo. Jesus voltará no fim dos tempos, como Rei e Senhor da história e com Ele a Igreja.
3. Salmo 46 (47)
Salmo de realeza A subida aos “céus” “por entre aclamações e ao som da trombeta, ergue-Se Deus, o Senhor”, define a realeza do salmo. É o soberano universal que entra em festa, com uma alegria plena. É um convite a cantar hinos a Deus, os hinos mais belos porque o Deus reina sobre os povos e está sentado no seu trono sagrado”.
4. Efésios 1,17-23
4.1 Texto
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de luz para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. (…)
4. 2 Teologia paulina
Depois do hino introdutório em que se bendiz o Pai, encontramos rasgos essenciais da teologia paulina neste belo texto. Paulo apresenta a obra maravilhosa do Pai e faz uma prece para que o Pai nos “conceda um espírito de sabedoria e de luz”, para uma compreensão total de Jesus que, depois de ressuscitado está à direita do Pai.
5. Lucas 24,46-53
5.1 Texto
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. (…)
5.2. Ressurreição de Jesus, a missão da Igreja e a vinda do Espírito
O texto final do Evangelho de São Lucas gira à volta de três motivos fundamentais: a ressurreição de Jesus, a missão da Igreja e a vinda do Espírito. Jesus explica, pela última vez, o caminho que ele tinha seguido para salvar o mundo, através da morte e ressurreição. Em seguida dá-lhes a missão prometendo-lhes a força do Espírito. Enquanto os abençoa, eleva-se ao céu e os discípulos voltam para Jerusalém com grande alegria. Será o mesmo Lucas que contará o nascimento das comunidades onde tudo isto acontece.

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