Há na história de Jonas
um episódio que sempre me espantou.
Quando o profeta vê que Deus vai perdoar
ao povo de Nínive,
pois este tomou a sério a sua pregação:
“… teve um grande desgosto e irritou-se…”
Parece desiludido porque o céu
não desabou sobre a cabeça dos habitantes de Nínive.
Como anunciadores desta Boa Nova
de que Deus é um “Deus de ternura e de compaixão”,
não temos nós receio de ir longe demais?
Pensamos, talvez: “As pessoas não temeriam a Deus.
É necessária uma palavra mais severa: o anúncio de um Deus justiceiro,
fustigando os que transgridem a sua Lei
(a sua ou a nossa?),
ameaças de condenação ao inferno.
Pelo menos assim, mudarão de comportamento.