A primeira dificuldade é fazer com que o catequizando seja capaz de captar o seu sentido. Se pedirmos a um grupo de jovens a definição ou descrição do pecado, o mais que podemos conseguir são umas respostas decalcadas dos manuais da catequese. E se observarmos algumas confissões de adultos, veremos que continuarão a empregar as palavras aprendidas em crianças.
Aprende-se que o pecado é uma coisa “má”, “feia”. E aprendem-se, também, as coisas que são pecado. Então, a confissão consiste em ir repetindo a ladainha de todas as coisas como tais. Quer dizer, falta a experiência pessoal do pecado. É preciso perceber o sentido que tem na própria vida cristã.
{tab=Saber educar para o pecado}
A tarefa educativa do catequista acerca do pecado reveste-se de grande importância. Apontamos simplesmente algumas observações que podem ajudar nesta missão:
1. Educar a reconhecer-se pecador
É educar no reconhecimento da sprórpias faltas, na aceitação da limitação e fragilidade, sem atribuir aos outros a culpa dos próprios erros. Na verdade, trata-se de ajudar a criança e o adolescente a sentirem-se e a tornarem-se responsáveis pelas suas acções.
2. Compreensão do pecado
Este reconhecimento, por outro lado, deve enraizar-se na exacta compreensão do pecado. O catequista não pode apresentar o pecado como uma “coisa”, uma “mancha”, uma “trangressão”. Pecado é o nosso modo de ser, de decidir, de agir, quando dizemos não a Deus, quando rejeitamos a sua verdade e o seu amor, quando estragamos a nossa existência ou não nos preocupamos com a felicidade dos outros. Trata-se de mostrar a dimensão pessoal do pecado. O catequista tem de abandonar uma perspectiva objectivista e legalista.
3. Ensinar a pedir perdão
Se alguém se reconhecer pecador, está já na disposição de receber o perdão. É educativamente importante ensinar a pedir perdão, e ensinar também a agradecer o perdão e a viver a alegria de se sentir perdoado. Sentir o perdão é sentir o amor. E o amor de Deus é maior que o pecado do homem.