Neste evangelho temos, em primeiro lugar, boas notícias de Cristo, a quem chamamos nosso libertador.
a) Boas novas
Jesus apresenta-se como Aquele que nos vivifica, mete em nós como que uma seiva nova, à semelhança de um tronco de videira que dá vida aos ramos e faz com que eles produzam muitos frutos. Porque Jesus veio para que tenhamos vida e vida em abundância (Cfr Jo 10.10). Esta vida em abundância não será sinónimo de liberdade cristã? Se livres do mal, do pecado e da morte, temos em nós uma vida abundante, que ainda se não manifestou em toda a sua plenitude. Jesus apresenta-se também como Aquele que nos ama com um amor tão grande como o que o Pai tem para com Ele. É um amor divino, o de Jesus para connosco. Um amor perfeito, sem as manchas de egoísmo que tem o amor entre os humanos. Sabendo-nos assim tão amados, não há motivos para nos sentirmos escravos, porque o amor liberta.
b) Um empenho
Mas, além da Boa Nova, há neste texto um apelo a Jesus ao empenho, ao compromisso. Somos livres em aceitar Jesus como libertador.
Se Jesus nos ama como ninguém nos amou nem amará, somos convidados a corresponder a esse amor, amando como Ele que, tendo amado os seus, amou-os até ao fim. E se não existe maior amor do que dar a vida (Cfr. Jo 15,13), não seremos completamente livres enquanto em nós houver o veneno do egoísmo. Somos livres para amar.
Na Eucaristia celebramos a Boa Nova de Cristo libertador, com alegria e a simplicidade dos primeiros cristãos. Mas, ao comermos desse Pão, empenhamo-nos a crescer na liberdade para a qual fomos libertados. Porque só assim a nossa alegria será perfeita. Só assim seremos verdadeiramente felizes!