1. Socialmente Cristãos.
Se por um lado surgiu o católico não praticante, por outro lado ainda temos a “sorte” de ter muita gente que se aproxima da igreja. Mesmo que por motivos menos genuínos. Para alguns catequistas, esta situação é um alerta para intensificar propostas e melhorar a qualidade; revelando a intensidade do evangelho de Jesus.
2. Os Pais Modernos.
Podem até comprar os filhos com brinquedos e telemóveis, mas a maioria também está muito mais alerta e sensível para as dificuldades da educação. Coisa que há uns anos atrás, a maioria diria “são tretas de psicólogos”; hoje já nos ouvem com alguma atenção, se soubermos cativar, escutar e dialogar, sempre com inteligência para saber trabalhar COM eles na educação dos seus filhos
3. Consumismo de Sacramentos.
Dá voltas ao estômago, eu sei. Mas há que exercitar o acolhimento, sem se ser tótó! Admitir a realidade e abraçá-la, não como quem baixa os braços, mas como quem influencia uma mudança de atitude. É talvez também uma forma de repensar a nossa maneira de ser comunidade.
4. Crianças Irriquietas.
Perguntas difíceis. Bicho-carpinetiro. São chamadas de atenção para necessidades (diferente de desejos!) que precisam de ser preenchidas. Vejo muitos catequistas que se sentem estimulados por esta situação, pois é para eles oportunidade de “ler a realidade” de quem acompanham. Um exercício fascinante.
5. Falta de planeamento.
E avaliações. E estratégias. Alguns grupos não se organizam, os secretariados não ajudam. Enfim, uns chatos ..eheh. Nesta escuridão em que falta planeamento, esconde-se uma luz de reconstrução estrutural. Onde existe o vazio, pode chegar o sopro da renovação.
6. Comunidade tristonha.
Se a catequese é em parte integração na comunidade, pode ser arrasador constatar a realidade da nossa comunidade. Muitas delas envelhecidas, com pouco dinamismo. Mas também aqui, a catequese (em vez de resmungar) pode e deve procurar ser ela própria um ponto de luz; não fazendo tudo e mais alguma coisa, mas propondo e provocando a mudança.
7. Aquela formação inútil.
Espero que não tenha sido uma formação da Cooperativa DidaKê! Contudo, existem algumas formações que deixam um sabor a pouco; a julgar pelas avaliações que observo aqui e acolá. Sem querer desculpar os formadores, penso que aqui o problema pode ser de atitude. Falta sentido de reciclagem e renovação, provavelmente. E é ocasião de amadurecer a noção de catequista-sempre-aprendiz …afinal, só existe um único mestre!
8. O nosso Pároco.
Somos (catequese) uma prioridade! Sim, sim, claro. E depois assistem-se a certas e determinadas atitudes, não é verdade? Enfim, primeiro há que relembrar que os párocos (por mais bem intencionados que sejam) são humanos. Como tal, erram. Em segundo lugar, para catequistas conscientes da sua missão, situações destas devem ser motivo de compreensão e correcção fraterna (uhm.. onde é que já ouvi isto..)
.9. O teu Desânimo.
Faz parte da vida, e de alguns feitios mais negativos por natureza. Acima de tudo, tenta que seja uma provocação a ires mais fundo na tua motivação. Não tenhas medo. Procura Jesus, o Nazareno. Deixa-te encontrar por Cristo, o Ressuscitado. E sê naturalmente testemunha da alegria do Reino de Deus.Exemplos da “outra face da moeda” estão um pouco por todo o lado, nas nossas paróquias e comunidades. O truque, em qualquer situação, é entender que atrás de cada problema/ameaça se escondem outras tantas oportunidades. Há que descobri-las e lutar por elas.