Numa entrevista com o Pe. Mathew Valarkote, salesiano da Índia, aparecem uma série de sinais de esperança.
(ANS – Roma) – Perante tantas vozes incontroladas, boatos, indiscrições, em rede, a respeito da atual situação do P. Uzhunnalil, temos pedido respostas autorizadas ao P. Mathew Valarkote, Secretário Provincial da Inspetoria Salesiana da Índia-Bangalore, da qual depende a Missão salesiana no Iêmen.
Alguma novidade acerca da situação do P. Tom?
Segundo Dom Paul Hinder, Vigário Apostólico para a Arábia meridional, que é a nossa primeira fonte de informação, existem ainda fortes indícios de que o P. Tom Uzhunnalil, raptado em 4 de março de 2016, no Iêmen, esteja ainda vivo; não há nenhuma razão para se acreditar no contrário.
Segundo suas informações, o que se está fazendo para a libertação do P. Tom?
O Ministério do Exterior da Índia está em contato com as autoridades em Aden e acompanha de perto a questão. Sushma Swaraj, Ministra do Exterior, escreveu um ‘tweet’ exatamente no sábado passado, dizendo que o seu Ministério está fazendo todos os esforços para conseguir a libertação do P. Tom. Recebemos igualmente uma cópia da segunda carta que a Ministra escreveu em 22 de março de 2016 ao parlamentar Dr. Jose K. Mani, na qual o informa sobre quanto o seu Ministério está fazendo para obter a libertação do P. Tom.
Também Dom Paul Hinder, do Vicariato Apostólico para a Arábia meridional, acompanha mui atentamente a situação: continua mui esperançoso e, através dos canais diplomáticos, está fazendo todo o possível pela garantir a segurança do P. Tom.
Qual é a posição da Inspetoria Salesiana perante às “vozes incontroladas” que circulam em rede?
Temos bem consciência de que os ‘social media’ não estão sob o nosso controle. Temos procurado contrastar as falsas e incontroladas mensagens por meio da publicação de desmentidos, mas com pouco sucesso. Apelamos para que o público se abstenha de multiplicar e divulgar tantas falsas indiscrições, visto que podem comprometer os esforços em curso para salvar a vida do refém. Nestes dias, estamos ainda atravessando um período muito conturbado, obrigados como estamos cada vez a confrontar-nos com novos boatos, vindos quer de dentro, quer de fora do país.
Como vivem os familiares do P. Tom essa situação de espera?
Mantemos constante contato com os irmãos e parentes mais próximos do P. Tom. Naturalmente, estão muito ansiosos e preocupados. Sobretudo quando lhes chegam notícias infundadas, versões contrastantes, contraditórias mesmo, que emergem dos ‘social media’, assim como da mídia tradicional. Eles sabem que se está fazendo tudo para se obter a sua libertação.