Estrela de Natal

que nos levam a dar de caras com o abismo.

Ficámos meios atordoados com a possibilidade da morte,

com a potencialidade da vida.

Temos a tentação de optar por uma terceira via,

que não sabemos se existe.

Algo que fosse mais suave,

que não doesse tanto como a morte

que não fosse tão difícil como viver.

Existem sonhos que não eram para agora,

e outros que nos cansamos de esperar.

Existem segredos só nossos

e outros que gostaríamos compartilhar com o mundo,

mas sem deixarem de ser segredos, de ser especiais.

Mas na noite escura da nossa existência

brilha a estrela,

a Estrela do Natal!

Ela nos guiará pelo caminho do Amor.

Talvez o Amor seja o vértice,

do triângulo equilátero,

que serve de ponte entre os outros dois,

Vida-Morte.

Que neste Natal sejamos capazes

de contemplar a Estrela que nos fala de Deus,

e possamos encontrar a harmonia e a paz.

                                                                                  Porto, 10 de Dezembro de 2008

                                                                                              Graça Borges