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Para acederes ao vídeo nº 1 – Desafios de ser adolescente – clica aqui
Para acederes ao vídeo nº 2 – Uma fé madura – clica aqui
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Partilhamos o texto do vídeo para o poderes usar em contexto de formação.
Introdução
No vídeo anterior desta série vimos como a fé adulta ou madura é aquela que está no centro da vida da pessoa. É uma fé relevante em todas as dimensões da pessoa.
Fé madura e conhecimento
Uma fé madura desenvolve e estimula o conhecimento e o pensamento crítico. Sabemos em Quem acreditamos e porque acreditamos
A fé madura é uma fé informada. Não se fica no “diz que disse”. Procura dar razões daquilo em que acredita.
A fé madura é diferenciada. Distingue o essencial do acessório. Pelo contrário a fé infantil é rígida.
A fé madura é crítica. É uma fé que se entrega totalmente a Deus mas que sabe distinguir a revelação de Deus das formas concretas como nós vamos acreditando.
Esta dimensão cognitiva da fé não é fácil de gerir durante a adolescência. Muitos adolescentes, fascinados com as suas novas competências intelectuais têm um prazer grande em pôr tudo em causa. Ao mesmo tempo, não têm certeza de nada e acabam por aceitar todas as crendices que os conseguem seduzir.
Fé madura e afectividade
Esta fé madura e adulta que procuramos desenvolve harmonicamente a dimensão afectiva e emocional da pessoa. Em primeiro lugar, cultiva a autonomia motivacional. Porque é que acreditamos? Para fazer jeito aos pais ou aos catequistas? Por medo? A fé adulta tem a sua motivação na plenitude de sentido e de esperança que Jesus nos oferece.
A fé tem uma relação circular com a afectividade madura. Só uma pessoa emocionalmente estável pode responder bem aos convites da fé. Mas, ao mesmo tempo, a experiência da fé ajuda-nos a construir um mundo afectivo mais rico, mais livre e mais generoso.
Esta fé madura é constante. Não é coisa de “apetece-me hoje” e amanhã logo se vê. Uma fé adulta é um compromisso de longa duração. Esta relação que estabelecemos com Deus dura a vida toda e dura até para lá da morte biológica. Esta fé não é um capricho nem uma moda. Não desanima com cansaços nem fracassos.
É uma fé comunicativa, aberta ao diálogo. Não tem medo de falar com quem não acredita nem é impositiva ou intolerante.
Isto das emoções tem muito peso na vida dos adolescentes. Uma boa catequese sabe falar ao coração. Mas não entra em manipulações, não reduzimos Deus a um spa ou a um comprimido que só serve para nos fazer sentir bem. O Deus de Jesus Cristo sabe alegrar-se e chorar connosco. Mas, acima de tudo, é um Deus que nos quer fazer crescer.
Fé madura e comportamentos
Uma fé madura traz consigo comportamentos novos. Pede coerência entre aquilo em que dizemos acreditar e aquilo que fazemos.
É uma fé dinâmica e activa. É da fé que nascem as motivações para a nossa acção, para os nossos valores e práticas de vida.
Isto traz algumas dificuldades ao mundo dos adolescentes. Têm, como é próprio da idade, muita dificuldade em comprometer-se. O papel do catequista e ajudá-los a pequenos compromissos, com escolhas concretas e viáveis.
É natural que estes compromissos inspirados pela fé aconteçam primeiro no campo das relações mais próximas. Os grandes temas da sociedade, da política, da economia aparecem como mais distantes.
E mais…
Ao longo deste vídeo pudemos descobrir como a fé madura toca todas as dimensões da existência da pessoa. É natural que, no percurso de fé de cada um, umas dimensões estejam mais adiantadas do que outras. Podes comentar quais foram os aspectos da tua vida em que foi mais fácil ter uma fé madura e aqueles em que foi mais difícil. E, já agora, comenta também quais as dificuldades que os adolescentes mais vezes manifestam.
Os textos destes vídeos encontram-se publicados no livro “Fazer catequese com adolescentes” da autoria do Pe. Rui Alberto