Segundo o Directório Geral da Catequese, a catequese tem seis tarefas. A primeira delas é iniciar à fé.
O texto e o vídeo que o acompanha podem ser usados com um ponto de partida para um encontro de formação de catequistas. Ou até mesmo de pais.
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Num vídeo anterior vimos que a catequese tem seis tarefas principais. Com este vídeo começamos uma série que aprofunda cada uma dessas seis tarefas. E começamos com a fé.
A primeira das nossas tarefas é iniciar os catequizandos que a comunidade nos confiou a uma fé adulta. Fé é o estilo de relação com Deus que Jesus viveu e que a Igreja nos propõe. Mas a fé é uma realidade muito rica.
Iniciar à fé é confiar plenamente no Deus que Se revelou plenamente em Jesus de Nazaré. Fé é uma relação de confiança que mantemos com Deus. Sem medo. Sem contratos de compra e venda.
Iniciar à fé é conhecer e assumir as verdades que Deus revelou de Si mesmo e que a Igreja (a comunidade dos que acreditamos) recebe e transmite. Ao longo dos séculos, de muitos modos, Deus foi mostrando o seu rosto. Até que, finalmente, com toda a transparência, Se manifestou em Jesus Cristo. Na pessoa, das palavras, nos gestos de Jesus nós temos uma imagem correcta de quem Deus é.
Além de confiarmos em Deus, a fé ajuda-nos a conhecer quem é esse Deus que amamos e em quem confiamos.
Iniciar à fé é favorecer um caminho onde Deus e o amor que Ele nos oferece vão sendo cada vez mais centrais na vida da pessoa. Muito boa gente diz acreditar em Deus. Mas para eles isso tem a mesma importância que ser do Benfica ou fazer colecção de selos. Queremos uma catequese que coloca a experiência da fé no centro da vida da pessoa.
Iniciar à fé é aprender a viver na presença amorosa de Deus, aqui e agora. E para sempre, na eternidade. A fé é uma aposta de longa duração. É uma experiência feliz e alegre já agora, onde estamos. Mas sabemos que este Deus em quem acreditamos nos amará para sempre.
A catequese que ajudar a construir uma fé madura, que seja central na vida do catequizando. Uma fé que ajuda a fazer escolhas pequenas e grandes. Uma fé que harmoniza todos os traços da personalidade da pessoa. Há muitas formas imaturas de viver a fé. Interessa-nos uma catequese que cultiva a maturidade. E a maturidade da fé manifesta-se, por exemplo na influência que a relação com Deus tem na forma como fazemos as nossas escolhas. Ou na unidade interior que a fé estimula.
Procuramos uma fé informada e aprofundada, capaz de dar razões daquilo em que acredita. Não nos interessa uma fé supersticiosa, feita de “ouvir dizer”, dependente dos preconceitos. Ainda que com humildade, sabemos em que acreditamos e sabemos explicar aos outros as razões das nossas escolhas.
Procuramos uma fé motivada a partir de dentro e não das pressões exteriores. Uma fé não conformista, capaz de dialogar com a mudança. Uma fé capaz de gerar empenhos de longa duração.
E, claro, procuramos uma fé dinâmica e activa, uma fé capaz de gerar acção e um novo estilo de vida.
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