Milhares de pessoas estão voltando às próprias casas, ou pelo menos
ao lugar onde elas estavam, onde recebem a notícia da morte dos seus
amigos e conhecidos. Também os camponeses estão voltando às suas casas
ordinárias, tentando tornar utilizáveis os seus terrenos. Também o rio
Ayeyawady está voltando ao seu leito, fazendo emergir, à medida que as
águas se retiram, corpos de pessoas a quem se dá piedosa sepultura.
“Foi um mês pesado para a Igreja”, atesta Dom Charles Maung Bo,
arcebispo de Yangon, salesiano, referindo-se ao trabalho levado a termo
pelos católicos, após a emergência. Cada paróquia se transformou nesse
período num centro de auxílio onde foram distribuídos alimentos e
outros bens necessários, com freqüência também graças à colaboração de
monges budistas.
A Igreja do Mianmar está fazendo todo o possível para garantir às
famílias o necessário a fim de que os filhos possam retornar às
atividades escolares, distribuir sementes e assegurar assistência
psicológica e espiritual às vítimas.
Segundo Dom Bo serão necessários pelo menos dois anos para que as
zonas atingidas possam voltar à normalidade, enquanto que continua
primário o empenho em fornecer soluções para as necessidades mais
urgentes: a construção das casas e ambientes de acolhida, a
distribuição de sementes e o início de projetos de microempresas.