Nosso objetivo importante disse o Cardeal é o de dar visibilidade a todas as forças institucionais e privadas, às associações e ongs, aos agentes de base, ao voluntariado e aos grupos empenhados em favor de cada pequeno marginalizado. Os participantes, provenientes de diversos países, refletiram sobre a situação dramática dos meninos de rua, com o objetivo de dar uma resposta pastoral, em sentido amplo, ao problema. O arcebispo Agostino Marchetto, Secretário do Dicastério, lembrou que há 100 milhões de jovens, segundo o relatório de «Amnesty International», ou mesmo 150.000.000, segundo a «Organização Internacional do Trabalho», que vivem nas calçadas das cidades do hemisfério sul: 45 milhões na América Latina, 10 milhões na África e 40 milhões na Ásia. Na Europa, o fenômeno se concentra nos Países do Leste. São vítimas da desagregação familiar, da urbanização descontrolada, das migrações e das numerosas guerras dos nossos dias. O arcebispo Marchetto afirmou que é necessário identificar quais são as situações concretas que fazem com que os jovens acabem nas ruas, a fim de fazer um diagnóstico adequado que ajude a resolver o problema. Há eventos familiares desestabilizadores (morte, divórcio, novo casamento, conflitos, tensões) e portanto é preciso identificar os fatores de dissolução nos relacionamentos dos jovens com a família. Uma resposta poderia ser a de oferecer à criança ou ao grupo de crianças e adolescentes, uma acolhida que inclua uma dimensão educativa, formativa e social, visando a uma nova inserção. Para conseguir tal objetivo é necessário anular as barreiras da rejeição relativamente às próprias famílias e promover a escolarização.