1.1.2 Redescoberta da Iniciação
De muitos continentes e até de variadas igrejas cristãs tem aparecido um movimento que defende a adopção do paradigma da iniciação cristã. Não pelo desejo saudosista de regressar aos primeiros séculos da Igreja mas pela convicção de ser o paradigma que melhor responde à identidade crente e aos desafios do mundo e cultura em que estamos.
Iniciação é o processo pelo qual uma pessoa passa a integrar plenamente um grupo social. Normalmente exige um tempo de preparação, para adoptar os valores e conhecimentos próprios desse grupo. Muitas vezes há que superar provas e dificuldades; estes obstáculos provam aos elementos do grupo que o candidato está apto e servem como estímulo. A iniciação marca, para o sujeito, uma ruptura com o mundo pré-iniciação: os hábitos, rotinas, convicções de antes devem ser abandonados.
Em muitas sociedades a iniciação é praticamente obrigatória. Veja-se o caso da entrada na vida adulta nas sociedades tribais, as praxes nas universidades. Mas há também aquilo a que se chama uma iniciação secundária. Nesta, a pessoa, livremente, decide, integrar um grupo específico.
Foi este paradigma da iniciação secundária que ajudou a Igreja dos primeiros séculos a formar as novas gerações de cristãos.