Quaresma 08 Abril 09

Terríveis, estas palavras de Jesus a Judas!

Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?» Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.

E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.

No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’» Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.

Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»

Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?» Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará. O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!» Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» – respondeu Jesus. (Mt 26, 14-25)

 

Nem parece Jesus que as diz.

E contudo, também elas são palavras de amor.

Porque colocam Judas diante da sua responsabilidade,

diante do que está para fazer

e do rumo que vai dar à sua vida.

A vida é coisa  séria;

com a nossa liberdade podemos percorrer caminhos de morte,

de ruína e destruição pessoal.

Sim, podemos fechar-nos ao amor,

podemos recusar o amor incondicional de Jesus.

Podemos até tentar eliminá-lo da nossa vida.

E isto é desolação e inferno.

E aí, um amigo, alguém que nos ama,

não se pode calar.

Deve fazer tudo para libertar a pessoa que ama

desse abismo tenebroso de ódio, solidão e angústia.

É por isso que Jesus fala tão “forte” com Judas.

Orar

Senhor, eu não conheço bem o meu coração.

Não sei até onde pode ir o bem e o mal que nele moram.

E tenho medo.

Medo das trevas que se escondem em mim.

Medo de não saber deixar-me amar.

Envia o teu Espírito:

que Ele com a sua luz quente

torne límpido o meu coração.

E assim poderei seguir-Te sem medos.

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