No modelo “sala de estar” a coesão (e a qualidade-quantidade das comunicações dentro do grupo) pode crescer porque o grupo pode seguir um percurso evolutivo mais ou menos linear (isto não quer dizer que não haja sobressaltos e problemas). Quando a comunicação tem alta qualidade, quando o grupo tem, ao mesmo tempo uma alta coesão e um alto respeito pela individualidade de cada um dos elementos, o grupo ganha o seu maior potencial educativo.
Outra questão é a da homogeneidade-heterogemeidade . No modelo “corredor de passagem” há uma mais alta heterogeneidade. Normalmente a partir do factor idade. E isso, com todo o realismo, condiciona a qualidade da comunicação. Não acho que seja impossível algum diálogo entre pessoas de 16 anos e pessoas de 25. Mas as experiências de vida e de fé são de facto muito condicionadas pelas vivências de cada um. Pessoas com idades diferentes podem perfeitamente falar adequadamente sobre “coisas” externas: a cultura de espinafres, o uso do preservativo, um texto de S. Paulo… Mas se não quisermos mais falar sobre coisas mas sobre a nossa vivência, se quisermos que o grupo seja um espaço onde se partilham experiências e se aprende com elas numa lógica de interacção, fica mais difícil quando a heterogeneidade é muita.