Mas a espiritualidade não se pode reduzir ao cumprimento de uns ritos religiosos ou a fazer umas práticas de piedade.
A espiritualidade não é algo externo à pessoa, mas tem que enraizar-se no mais íntimo da pessoa, envolver toda a pessoa nas suas dimensões mais profundas.
É certo que a espiritualidade do catequista está enquadrada na vocação cristã. Contudo, para um catequista não basta um programa de vida espiritual em geral, um viver genérico e abstracto da própria fé, fazer as práticas do bom cristão, observar exemplarmente as virtudes cristãs.
A espiritualidade do catequista marca o próprio ser do catequista. Ele é um “cristão-catequista”. Um catequista é espiritual quando o seu ser catequista é vivido a partir do ser eu mais profundo e isto iluminado e apoiado pelo Espírito, integrando todas as dimensões da fé no seu projecto de vida cristã.
Neste sentido, a espiritualidade do catequista não se pode separar da nossa actividade catequética.
A espiritualidade do catequista consiste em viver a totalidade das suas relações numa atitude de fé. Portanto, existe uma íntima relação entre o trabalho do catequista e a sua vida cristã. Uma e outra influenciam-se mutuamente.
Uma boa vida de fé deve ajudar a realizar melhor a catequese e, quanto melhor se leve a cabo esta catequese, maior maturidade adquire a fé:
- reler e reviver o Evangelho, que é o próprio de Jesus, na nossa vida hoje;
- descobrir em Jesus um modelo para mim, que unifica a minha existência;
- viver a minha vida, crescendo em cada dia como cristãos;
- fazer do meu compromisso quotidiano, nas coisas de todos os dias, uma verdadeira experiência de Deus;
- fazer da vida de cada dia um caminho constante de santidade, a realização de uma vocação específica, guiada pelo Espírito Santo.