O sucessor de Dom Isaías Duarte Cancino, assassinado em março de 2002 por guerrilheiros, tomou a palavra na sala sinodal para assegurar que «frente à cultura ou anticultura da morte que trafica armas, que constrói sistemas massivos de destruição, que legitima o aborto, que autoriza a pesquisa com embriões humanos, Jesus se define e se dá a nós como Pão da Vida».
«Nossa cultura está marcada pelo ódio e o terrorismo: 11 de setembro [atentados nos Estados Unidos], 11 de março [atentado em Madri], metrô de Londres… A Eucaristia é a possibilidade permanente de reconciliação com Deus e com os irmãos e o convite à reconciliação entre nós antes de oferecer o culto ao Senhor», sublinhou o prelado colombiano.
«Daí que seja tão sentido em muitas comunidades o rito da paz renovado na reforma litúrgica», constatou.
«Outra marca contemporânea é o positivismo científico e o relativismo; mas na Eucaristia se reafirma a realidade do mistério e a validade do crer e do amar como vias de conhecimento, com a fé eucaristia, sustentada na tradição eclesial baseada nas palavras do Senhor, acedemos a certezas autênticas ainda que imperfeitas», assinalou.
Por último, «ante a solidão e o desespero que afetam o homem de hoje, a Eucaristia nos dá –como aos discípulos de Meaux– uma companhia profunda e uma promessa de vida eterna que nos enche de esperança definitiva», concluiu Dom Segasti Jaramillo.