Advento: tempo de encontro

O Encontro exige sempre uma partida: é preciso sair de si mesmo.

Mesmo que haja um relacionamento feito.

Mesmo que haja dinheiro à espera.

Mesmo que se tenha um compromisso com quem se ama e que nos ama.

É preciso abrir o círculo e sair: há alguém que se quer manifestar.

O Encontro exige o abandono de privilégios: deixamos de ser o “Senhor…” ou a “Senhora…”.

Somos apenas alguém que parte e que deixa tudo para alcançar aquele que, ao longe, procura fazer-se escutar.

O Encontro é um longo caminho.

Corremos o risco de parar por causa de perguntas: “terei entendido bem? A minha vinda é verdadeiramente desejada? Que esperam de mim?”

Mas quando se dá o Encontro, então, para ambos, é a grande Surpresa.

A vida muda de sabor, para os dois.

Estando juntos, a força de um passa para a fraqueza do outro.

O amor passa de um para o outro no movimento da vida.

Quem se encontra começa um alonga viagem em comum.

Nada nos pode parar: nem o fracasso, nem o medo, nem a morte.

Caminhamos juntos. Quando um de nós pensa estar perdido ou desesperado, o outro diz: “Olha. Há uma estrela no céu e eu estou contigo até ao fim da viagem!”

Advento, Natal, Epifania.

Tempo em que a alegria nos invade por sabermos que Deus e o homem se encontraram e avançam juntos em direcção à eternidade.