A nossa experiência de fé é feita de uma série de relações de amor. A Deus e aos outros. E dizemos, por palavras, por símbolos, por gestos, amo-te!
Proponho, nesta quaresma, um exercício diferente. Proponho que aprendamos a dizer “Não te amo”.
Não no sentido de “não te amo mais”.
Mas no sentido de “não te amo o suficiente”.
Quaresma é tempo de dar mais qualidade à nossa vida de fé, à nossa relação com Deus e com os outros.
Fazê-lo com autenticidade passa por nos darmos conta que o nosso amor é insuficiente, não está a corresponder ao amor que Deus nos tem mostrado.
Sem medo nem falsas vergonhas de assumirmos o nosso pecado, a nossa opção pelo egoísmo medíocre, vamo-nos dar conta que ficamos aquém do que poderíamos amar.
E, se com verdade, nos dermos contra que “não amamos”, essa sensação incómoda vai-se tornar estímulo para a mudança de vida. Para o crescimento.