Porquê um mapa?
Porque a nossa mente não funciona de maneira linear. A forma como ela trabalha está mais próxima do funcionamento dos sites da internet: grupos de páginas, ideias ou conceitos que se unem, ou se juntam a outros grupos ou redes.
Com o mapa mental, a aprendizagem combina o que tu já sabes como o que desejas saber e associa esta nova informação dentro do nosso “depósito” de conhecimento. A nossa memória processa estas novas “ligações” e associações para, posteriormente, poder recorrer a elas.
Resumindo: um mapa mental estrutura-se em redor de uma ideia.
Quando se deve fazer o mapa?
– Para organizar um tema.
– Atingir uma aprendizagem mais profunda.
– Integrar conhecimentos anteriores e recentes.
– Rever a matéria e preparares-te para os exames.
– Tirar apontamentos.
– Localizar novas ideias numa estrutura.
– Por ocasião de um brainstorming.
– Comunicar ideias complexas
– Colocar as coisas em perspectiva, analisar relações e distinguir a sua importância.
Como se fazem os mapas?
1) Para começar, deves pôr de lado as ideias do esquema ou dos parágrafos com as suas orações.
2) Depois, pensar em palavras-chave ou símbolos que representem ideias e palavras.
3) Para fazer um mapa vais precisar de:
– Lápis de cor, no máximo seis (vais ter de apagar coisas) e uma grande folha de papel em branco sem linhas.
4) Para começar:
– Escreve a palavra, frase ou símbolo mais importante no centro da página.
– Pensa nela; faz um círculo à sua volta ou coloca nesse uma imagem que a represente.
– Situa outras palavras importantes fora do círculo.
– Desenha linhas que saiam como ramos da ideia central (pensa nos links das páginas da Internet).
5) Deixa espaço em branco para incluíres no teu mapa:
– Desenvolvimentos posteriores
– Explicações
– Interação entre itens
6) Trabalha rapidamente sem parares para a analisar o trabalho.
7) Só depois revê e corrige a primeira fase.
8) Pensa na relação dos itens externos com os itens do centro.
9) Apaga, susbtitui e abrevia as palavras para essas ideias-chave.
10) Aproxima itens importantes para ficarem melhor organizados.
11) Se possível, usa cor para organizar a informação.
12) Une conceitos a palavras para clarificar a sua relação.
13) Continua a trabalhar na direção exterior da página.
14) Une, livremente e sem perderes muito tempo, outras palavras e ideias-chave (podes sempre apagar depois).
15) Pensa em grande: combina conceitos para expandir os teus mapas e alargar os teus horizontes.
16) Deixa-te levar nas direções apontadas pelo tema. Não te deixes limitar pela tua forma de pensar o mapa.
17) À medida que expandes o mapa, tenderás a tornar-te mais específico ou pormenorizado.
18) Mais tarde, continua a desenvolvê-lo e a revê-lo.
19) Pára um pouco e pensa nas relações que estás a estabelecer.
20) Vai sempre expandindo o teu mapa ao longo do tempo (mesmo até à altura do teste, se necessário).
Este mapa é o teu documento pessoal de aprendizagem e combina o que sabias com o que estás a aprender e aquilo de que podes vir a precisar para completar o teu “quadro”.
Texto retirado do livro “Aprender a aprender“, Ocaña, José Andrés – Edições Salesianas, 2005