É um plano estratégico. Tem que ver com as questões de fundo. Quer “dar uma resposta abrangente à realidade dos catequistas (…) na fidelidade à Igreja de Jesus Cristo”.
Começa com o enquadramento. Recorda a inspiração cristológica do nosso ser catequistas. É importante começar por aqui, por buscar em Jesus Cristo, no seu estilo pastoral e comunicativo, a inspiração para o que nós devemos ser e fazer hoje. É importante que este enquadramento cristológico do documento não seja apenas uma vaga recordação arqueológica.
E logo a seguir, ainda no enquadramento, olha-se à realidade actual da catequese. À pluralidade de situações e desafios que a diocese enfrenta.
Estes dois vectores do Enquadramento deixaram-me logo com vontade de ler o documento. Assume o estilo que Paulo VI propôs a toda a evangelização da Igreja.
A ponte entre a situação da Igreja actual e o projecto de Jesus deve ser activada pela missão dos catequistas bem formados.
Sobre esta formação diz-se que está dividida em três momentos: iniciação, curso geral e estágio.
Atendendo a possíveis lacunas doutrinais dos candidatos a catequistas recomenda-se que a formação seja complementada com formação doutrinal básica.
Insistem ainda na necessidade de formação permanente, “que visa recordar e aprofundar aspectos já abordados ou aprender novos conteúdos que entretanto foram surgindo”.
{jospagebreak_scroll title=2ª parte}
Vem depois uma segunda parte onde se descrevem as várias tipologias de catequistas e quais as suas competências.
O documento identifica:
- catequistas auxiliares;
- catequistas
- catequistas coordenador paroquial
- catequista coordenador, âmbito diocesano
- formador
Muitas dioceses aboliram de facto a distinção entre catequista auxiliar e catequista. Suponho que a diocese de Braga não mantém esta distinção por amor às hierarquias. Trata-se de reconhecer eclesialmente como distinta a situação de quem tem uma forte autonomia e de quem ainda a não tem.
De aplaudir o explícito reconhecimento da figura do coordenador. A catequese funciona em itinerário, mesmo nas paróquias mais pequenas e com menos catequistas. É imprescindível uma coordenação de qualidade.
Para cada um destes tipos de catequista o documento identifica:
- Enquadramento/Missão. Uma descrição breve deste ministério.
- Pré-requisitos. Uma lista das competências, valores e posturas que são necessárias à partida para o exercício deste ministério.
- Actividades. O que é que este catequista está chamado a fazer.
- Competências. Quais as competências que este cristão deve dominar para servir com qualidade a Igreja. Esta clarificação de competências é muito importante pois a formação servirá, precisamente, para atingir estas competências. As competências estão divididas em quatro áreas: Comportamento – Saber ser/estar; Conhecimento – Saber; Aptidões – Saber fazer; Adaptabilidade.
Penso que faltam aqui os critérios de recrutamento. Não percebi quem é que convida alguém para catequista. (Bem sei que na prática esse não é o problema; o problema é arranjar alguém que diga sim e que nos ajude a preencher o quadro!) Mas, pensemos no catequista coordenador: quem o escolhe/elege/nomeia? Qual o mandato de cada uma destas figuras?
{jospagebreak_scroll title=3ª parte}
Na 3ª parte o documento descreve as várias propostas formativas.
Para cada proposta o documento indica:
- Enquadramento. Qual a motivação do curso.
- Objectivos gerais. Qual o resultado desejado da acção formativa.
- Conteúdos. Em termos sintéticos, o que se aprende no curso.
- Destinatários.
- Carga horária.
- Competência. Quem promove estes cursos.
Ao nível da formação doutrinal elementar, o documento identifica:
- Curso acreditar. Porque nem todos os catequistas adquiriram os conhecimentos básicos da fé enquanto catequizandos.
- Curso de introdução. Para aqueles adolescentes e jovens que se vão envolvendo na catequese.
Depois, de forma mais sistemática surgem:
- Curso de iniciação
- Curso geral
- Estágio
- Curso complementar