Apontar ao adulto crente (vídeo 2)

Neste segundo vídeo sobre "Fazer catequese com adolescentes", o Pe. Rui Alberto explica a meta que tem a catequese da adolescência.

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Para acederes ao vídeo nº 1 – Desafios de ser adolescente – clica aqui

Para acederes ao vídeo nº 3 – Uma fé madura – clica aqui 

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Partilhamos o texto do vídeo para o poderes usar em contexto de formação.

Introdução

Quando se faz catequese há uma pergunta constante, por muito inútil que pareça: qual a meta que esperamos alcançar com todos estes esforços?

A resposta, na catequese com adolescentes ou com qualquer outra faixa etária só pode ser uma: queremos ajudar estes adolescentes a tornarem-se crentes adultos.

Por uma catequese adulta

A catequese é o conjunto de processos que ajuda a pessoa a fazer o caminho que leva da fé inicial à fé adulta. Nas últimas décadas esta ideia foi-se tornando consensual. Pelo menos até certo ponto. Fica sempre bem dizer que a catequese de adultos é a referência para toda a catequese. Mas quando chegamos aos finalmente, a coisa torna-se mais complicada.

Temos às costas séculos onde a catequese foi associada à infância. O perfil do cristão que se desejava era submisso, do género “comer e calar”, infantil. Por isso, ainda nos custa tanto fazer uma catequese que forma homens e mulheres adultos e felizes na fé.

Além disso, a catequese com adolescentes enfrenta outra dificuldade: o adultismo. Ao desejar um cristão adulto, criamos a pressão para que os adolescentes que temos à frente sejam o cristão adulto, empenhado e comprometido, que a Igreja procura. Muitos adolescentes têm de passar anos numa fase de moratória, antes de se decidirem a comprometer. Quando hoje falamos do prolongamento da adolescência estamos a reconhecer que leva mais tempo, mais esforço para um adolescente se tornar adulto, se comprometer com um conjunto de causas, convicções e valores.

Maturidade

Para lá destes problemas e desafios, vale a pena pensar o que é que torna adulta a fé. Não é a idade do crente; pode haver gente de 40 ou 50 anos com uma fé infantil. Muitas vezes fala-se de maturidade de fé; dizemos que procuramos uma fé madura. A ideia de “maturidade” ajuda-nos a clarificar as coisas. Pelo menos até certo ponto. Porque a maturidade é sempre relativa. Podemos dizer que uma criança de três anos é madura porque já fala minimamente, já anda sem gatinhar, já consegue dispensar a chupeta.

Então o que é isso de uma fé madura ou adulta? É uma fé que ocupa o lugar central na vida da pessoa. Uma fé marginal ou acessória será uma fé imatura ou infantil. A fé madura está no centro da personalidade e é um ponto de referência quando chega a hora de fazer escolhas. A fé madura é capaz de coordenar todos os valores e motivações que existem dentro da pessoa

Esta fé que é central da vida é uma meta muito ambiciosa para os adolescentes. Toda a sua vida está em reboliço. Andam à procura de construir a sua identidade. Não têm um centro na sua existência. E até a noção que a vida pode estar arrumada, organizada, lhes soa estranha.

Por isso mesmo, a catequese pode ser uma experiência poderosa, que ajuda os adolescentes a construir essa identidade tão fugidia. Ao descobrir o Evangelho de Jesus, ao colocar essa relação com Deus no centro da sua vida, a tarefa de construir a identidade fica facilitada.

E mais

Vamos ficar por aqui neste vídeo.

Vale a pena pensares nos processos, acontecimentos e pessoas que te ajudaram a crescer até uma fé madura. E, claro, também será bom fazeres uma lista de tudo aquilo que torna a fé mais infantil, mais periférica.

Se quiseres podes partilhar essas descobertas pessoais nos comentários.

 

 

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