Vigília de oração para uma ordenação sacerdotal

Aqui fica uma proposta de oração para acompanhar uma vigília antes de uma ordenação sacerdotal.

Vigília de oração

Convite e motivação

Guia: Bem vindos a esta vigília de oração. Amanhã, um irmão e amigo nosso, será ordenado sacerdote. Mais do que um projecto pessoal, mais do quem um sonho que se realiza, este acontecimento é um dom que Deus concede à sua Igreja, Juntamo-nos aqui para, com humildade e confiança, pedir a bênção de Deus para o Luís Almeida. Mas também para nos abrirmos mais generosamente à vocação a que Deus chama cada um de nós.

Canto inicial: Inunda este lugar (Miguel Horácio)

Vem e inunda-me (*6)

 

Inunda este lugar do teu Espírito, Senhor.

Que eu possa respirar teu amor e teu perdão. (bis)

 

Vem, inunda todo o meu ser de Ti.

Vem e muda tudo em mim, por Ti.

Coro falado

Coro 1: Uma vida à nossa frente. Sonhos, projectos, desejos.

Coro 2: Hoje, tudo colocamos nas tuas mãos, Senhor. Fala, Senhor, que o teu servo escuta.

Coro 1: Qual será o nosso futuro? O que faremos amanhã? Seremos capazes de seguir os sonhos?

Coro 2: Não queremos, Senhor, enterrar a vida debaixo da areia. Não a queremos desperdiçar. Queremos dá-la aos outros.

Coro 1: É fácil dizer palavras, enquanto olhamos de longe para a miséria e o desespero dos outros.

Coro 2: Queremos, Senhor, a tua coragem. Para dar a vida aos outros onde Tu nos chamares.

Coro 1: Todos procuram a alegria e a felicidade. Que alegria? Que felicidade? Recordamos que Tu disseste: “Não há maior amor do que dar a vida pelos irmãos”.

Coro 2: Dá-nos a tua alegria, Senhor. A alegria de amar e dar a vida como Tu.

Escutar a Palavra

Leitura da Palavra: João 13

Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.

Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.

E disse: “Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor, nem o enviado mais do que aquele que o envia. Uma vez que sabeis isto, sereis felizes se o puserdes em prática.”

Lectio

Canto: Tua Palavra (CD diférente)

Tua Palavra se faz vida

no meu coração.

O que é vento se faz beijos,

gestos de perdão.

Mudará quem eu sou.

Tua Palavra será o fogo da minha voz.

 

Escutar e acolher a voz de Deus

e pensar e aprender o que fez o Senhor.

Eu quero transformar meu ser

para ser como Deus sonhou.

Que o mundo seja festa

de paz e amor.

 

Escutar e acolher quem foi Jesus.

Salvação e perdão

hoje serás tu.

Eu quero o reino construir

o mundo que Jesus pensou:

a terra é de todos,

terra de união.

Apresentação do óleo

Guia: Neste nosso momento de oração vão-nos ser apresentados alguns símbolos e gestos que veremos amanhã, durante o rito de ordenação. São símbolos e gestos que nos falam do que é o sacerdócio segundo o coração de Cristo.

 

# Um acólito leva processionalmente uma ampola com o óleo santo.

# Durante a intervenção do leitor, faz-se a projecção de um vídeo alusivo

 

O óleo é um dos símbolos fortes de Cristo. Em grego, óleo diz-se crisma. No baptismo, na confirmação ou na ordenação, o gesto de ser ungidos com o óleo é um sinal claro da acção poderosa de Jesus na nossa vida. Ser ungido com o óleo é estar disponível para ser configurado com Cristo. É começar a moldar a nossa maneira de agir, de falar, de sentir, pela de Cristo. Quem é ungido com o óleo santo pode e deve mostrar, na sua pessoa e no seu agir, a presença de Jesus e do seu Evangelho, no meio de nós.

 

Canto: Pai Criador… (Spoladore)

Enche-nos de Ti, Pai Criador
Enche-nos de Ti, Filho Salvador
Enche-nos de Ti, Espírito de amor
Enche-nos de Ti.

Apresentação da estola

# Um acólito apresenta ao povo uma estola.

Guia: Para o jetset, as estolas são uma decoração, um símbolo da riqueza e do poder de quem as usa. Mas na liturgia católica, a estola inspira-se na toalha, no avental que Jesus pôs à cintura, quando, na Última Ceia, lavou os pés aos seus amigos e companheiros.

 

# Distribuem-se os aventais e as canetas (se necessário) pelos participantes.

 

Guia: Somos uma Igreja que quer seguir e imitar o seu Senhor. Este é o tempo, de crescermos em generosidade e nos gestos de serviço, à maneira de Cristo sacerdote. Cada um de nós é convidado a escrever no seu avental, um compromisso de maior serviço. Que seja um compromisso ambicioso mas realista. Arrisca-te! Não tenhas medo. Lembra-te que o Senhor te ampara neste empenho.

 

# Música de fundo.

Canto: Dai-lhes vós mesmos de comer (CD Amor maior)

Dai-lhes vós mesmos de comer,

por amor.

Benditos,

amados, partidos,

no Senhor.

Gesto da emanuação

Guia: Um dos gestos que o Luís deverá fazer amanhã, será colocar as suas mãos entre as do bispo. É um gesto muito antigo que significa o colocar a nossa vida nas mãos do outro. A fé, a aposta radical pela causa do Reino, é vivida aqui e agora, lado a lado com os irmãos e irmãs concretos. Com as suas qualidades e defeitos.

 

Leitor: Quero viver a fé em Deus nesta Igreja concreta que somos.

Onde, apesar das nossas pobrezas e pecados, brilha forte a beleza de Deus.

Vivo a fé numa Igreja que se deixa libertar pelo Evangelho e que se faz libertação dos homens e mulheres oprimidos.

Creio numa Igreja que defende uma vida digna para todos.

Refrão cantado: Tu que nos amas (Taizé nº40)

Tu que nos amas,

teu perdão, tua presença

abrem em nós

as portas da confiança.

 

Leitor: Quero ser parte de uma Igreja que é casa acolhedora para todos.

De uma Igreja que acolhe e cura os feridos.

De uma Igreja sem medo de oferecer a Palavra profética de Jesus à nossa realidade actual.

De uma Igreja cuja única riqueza é o amor que vem de Deus.

Refrão cantado

 

Leitor: Quero jogar a minha vida nesta Igreja de Deus que não se dobra diante dos interesses dos poderosos.

Nesta Igreja de portas e janelas abertas onde todos podem entrar para experimentar a frescura do Espírito Santo.

Nesta Igreja capaz de chorar com os que choram.

Nesta Igreja sem medo de apostar nas bem-aventuranças de Jesus.

Refrão cantado

 

Guia: Conscientes que a fé, esta relação de ternura e intimidade com o Deus revelado em Jesus de Nazaré, só pode acontecer em Igreja… nesta Igreja concreta que somos, com santos e pecadores, com sonhos e desilusões, somos convidados a fazer, com o irmão ao nosso lado, o gesto da emanuação. Em silêncio, colocamos as mãos entre as mãos do nosso próximo. Ao fazeres este gesto, vê para lá das mãos que seguram as tuas. Tem presente que é o Senhor ressuscitado que faz a comunhão da Igreja. É o Espírito Santo que guia as tuas mãos e as do teu irmão. Ele e só Ele é a força que assegura a comunhão, apesar das diferenças.

 

# Repetir o gesto com o irmão

Canto: Vida, glória, paz (Um só Senhor)

Vida, esplendor que vem de dentro,

sombra repousada,

memória e sentimento.

O sinal do teu além…

tu não sabes de onde vem,

nem onde vai,

deixando rasto em ti.

 

Beberei do mesmo cálice de amor.

Viverei daquele dom, de Ti, Senhor,

e do teu «sim», da tua vontade,

somente de Ti, por Ti.

 

Glória,

sinal puro, incandescente;

da imagem divina

reflexo permanente.

É o sim da eterna luz.

É o cálice da Cruz.

Em dom de amor,

manhã do mesmo ser.

 

A Paz!

Não há portas a fechar.

A noite foi vencida,

mergulhada no mãe.

Solta as mãos enquanto é tempo,

relembra o sinal do vento…

Tu és meu filho!

Recebe em ti o céu!

Apresentação do pão e do vinho

# Dois acólitos, em procissão, apresentam pão e vinho num cálice e numa paterna.

 

Guia: Ser ordenado sacerdote é estar disponível para presidir à comunidade que celebra a Eucaristia. É na Eucaristia, memória semanal da morte e ressurreição de Jesus, que se reforça e alimenta a nossa vida de fé. É aqui que nos deixamos moldar pela Palavra e pelo sacramento. É ao celebrar a ceia do Senhor que nos configuramos com Cristo.

Apresentamos agora ao Senhor da vida as nossas preces.

 

Leitor: Ajuda-nos Senhor a mudar a forma como celebramos a Eucaristia. Ensina-nos a vivê-la com mais entusiasmo, com maior abertura de coração. Só assim acontecerá a transformação da nossa vida e ela se tornará fonte de vida renovada.

Refrão cantado: Entrega a tua vida a Deus (CD O amor maior)

Entrega a tua vida a Deus

e a encontrarás.

Deus é sempre fiel.

Confia no Senhor.

 

Leitor: Ajuda-nos, Senhor, a construir mais comunidade. Do mesmo modo que os muitos grãos de trigo se tornam o único pão da Eucaristia, cada um de nós se torna parte activa e generosa da única Igreja de Cristo.

Refrão cantado

 

Leitor: Torna-nos mais generosos e disponíveis para dar a vida. Não podemos celebrar o pão partido de Jesus e depois não nos partirmos e repartirmos em favor dos outros. Não podemos celebrar o sangue derramado por nós e depois não derramarmos o nosso sangue para dar vida abundante a todos.

Refrão cantado

 

Leitor: Traz o teu estilo de amar radicalmente ao nosso amor ainda tão frágil. Que a tua Eucaristia nos ensine um amor gratuito, não interesseiro, sem medos nem cálculos.

Refrão cantado

           

Canto: Jesus virá a mim (CD Diferente)

Meu lar está preparado

para que venhas, Jesus.

Tua presença aqui, um pouco de pão,

pão dado que agora és Tu.

 

Caminho por esta vida

sabendo que estás em mim.

E estamos os dois num só coração

que se deve partilhar.

 

Tu Jesus virás a mim

tua luz me iluminará.

Tu já sabes como sou:

o que tenho, eu to dou.

Tu Jesus, estás hoje em mim.

 

Meus olhos serão teus olhos

que ao mundo sabem olhar.

Olhar com amor, sentir a sua dor,

um olhar para curar.

 

Minhas mãos serão tuas mãos

que abraçam e dão a paz.

Dispostas estão para trabalhar,

minhas mãos para salvar.

 

E Te digo tão baixinho

obrigado por vires a mim.

Às vezes, Senhor, encho-me de medo

e não sei por onde ir.

 

Mas sei que estás comigo

e nunca me deixarás.

Minha força és Tu, ternura Jesus,

tua luz me iluminará.

Testemunho do Luís

Terminar com “Fazei em minha memória” (Um Só Senhor)

Naquela noite, em que Ele era entregue

tomou o pão e o cálice

dando graças dizendo:

«Este pão é corpo do meu corpo»;

«Este cálice é sangue da nova aliança».

 

Fazei, em minha memória,

em memória de Mim

o que Eu vos disser,

porque sempre que comerdes deste pão

e beberdes deste vinho

lembrareis a minha morte

até ao novo dia da Ressurreição.

Fazei, em minha memória

tudo aquilo que Eu,

tudo o que Eu vos disser.

Pai nosso

Ritos finais

Canto: a Dom Bosco?

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