Jogo: uma ferramenta educativa

O jogo é um excelente meio de aprendizagem. É verdade. A brincar podemos adquirir competências fundamentais ao nível cognitivo, mas também ao nível social e emocional.

 

O que é que podemos aprender a brincar? 

A perder  E desta forma, aprender a gerir a frustração

Respeitar as regras – Ou seja, a ganhar disciplina!

Desenvolver um sentido estratégico – Sozinhos ou em equipa vale a pena pensar antes de agir
Imaginar   Ser capaz de prever cenários e ver para além do óbvio 

Quais são os melhores jogos para aprender?

Há tanta oferta que às vezes ficamos sem saber se os melhores jogos são os de tabuleiro, os de exterior, os lógicos…

O melhor jogo é aquele que faz com que aquele que o joga se divirta! E a vantagem de haver muita oferta é podermos escolher os que melhor de adequam ao perfil do jogador e à intenção pedagógica do educador.

É natural que durante um mês se queira fazer apenas um tipo de jogo e depois se pretenda mudar. A vantagem do jogo é permitir que se explorem diferentes possibilidades e se proporcione a mudança e a aventura pelo desconhecido. 

Se o jogo é uma ferramenta que te agrada, sugerimos-te estes materiais

 

Dicas na organização de jogos

Deixamos algumas recomendações aos animadores que querem propor um jogo ao seu grupo. 

a) Ao projectar um jogo, imagina-te no lugar dos jogadores.
Ao escolheres ou inventares um jogo não deves pensar apenas nos teus próprios gostos ou capacidades. Deves pensar sobretudo nas crianças e jovens que pretendes educar com o jogo. São capazes de fazer o que o jogo pede? Vão fazê-lo com gosto?

b) Participa com entusiasmo
O animador deve ser o mais entusiasta dos participantes. Ao preparar com cuidado os materiais e os locais para o jogo e ao fazer com empenho o seu papel no jogo. Isso permite que os menos entusiasmados se deixem contagiar pelo teu exemplo. E permite também mostrar a todos qual é a atitude com que se deve partir para um momento de jogo.

c) Procura estimular o entusiasmo dos jogadores.
Para um animador, não basta participar com entusiasmo. O seu objectivo é que também os jovens se entusiasmem com o jogo.

d) Tentar envolver todos os jogadores.
Durante o tempo de jogo, não deve haver ninguém passivo. Na escolha e na condução do jogo, não se deve permitir que haja uma pequena elite que se diverte enquanto outros estão, passivamente, a ver jogar.

e) A novidade é a alma do negócio.
Por muito interessante que seja um jogo, ele acaba por fartar se for jogado dezenas de vezes seguidas. O papel do animador é propor, sempre que possível, jogos novos. Como a imaginação é limitada, o segredo está em saber propor jogos conhecidos de uma forma nova ou com alguma alteração que os torne atraentes.

f) As regras devem ser claras para todos.
Um jogo não é um elenco de regras. É, antes de mais, um momento de divertimento e de educação. As regras servem só para que o jogo possa ser jogado de forma que todos se divirtam. Quanto menos regras houver, mais facilmente serão respeitadas. Mas é fundamental educar para o respeito das regras. Quem não as cumpre, deve ser sancionado, mas não excluído totalmente da dinâmica do jogo. O papel do animador é certificar-se que todos entenderam bem as regras. Deve explicá-las claramente. Quando as regras são explicadas separadamente a grupos diferentes de jogadores, acontece, frequentemente, que os entendimentos são diferentes. E as confusões nunca mais acabam. Os próprios animadores devem ser os primeiros a pôr-se de acordo quanto às regras.

g) Garantir as mesmas oportunidades de sucesso para todos os jogadores.
Não há nada que irrite mais os jogadores que uma regra injusta. O animador deve fazer o possível para que ninguém considere as regras como injustas.

h) Aprender a gerir os imprevistos.
Nunca é de mais insistir na adequada preparação das coisas sérias e importantes como são os jogos. Mas os imprevistos acontecem: há material que não é adequado, a meteorologia não ajuda, a reacção dos jogadores não é a esperada. É inútil irritares-te e tentar obrigar as pessoas a conformarem-se à planificação feita. Há que mostrar bom senso e capacidade de improviso.

i) Não humilhar os derrotados.
Joga-se para ganhar. Mas perder não deve ser vergonha. Devem-se evitar prémios para quem vence, ou castigos para quem perde. A motivação para o jogo deve ser o jogo mesmo e aquilo que lá acontece: energia, diversão, festa, convívio, auto-superação.

j) Um jogo bom dura pouco.
Nunca se deve permitir que um jogo, mesmo quando está a correr muito bem, dure tempo demais. É melhor que os participantes fiquem com “vontade de mais” do que fiquem fartos.

l) No final de cada jogo deve ser feita uma avaliação.
Nunca é de mais insistir sobre a importância da avaliação. Avaliação com os jogadores. Avaliação com os animadores envolvidos. Avaliação pessoal.

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