Quarta-feira

PALAVRA

Se for um estranho, não o seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus apresentou-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que queria dizer.

 

O comportamento diferente das ovelhas denuncia a presença do pastor ou do estranho. Na presença do estranho elas não o seguem, porque não conhecem a sua “voz”, não existe qualquer intimidade; pelo contrário sentem-se inseguras, em perigo e fogem, ficando o rebanho à deriva, disperso, sem pastor, à mercê dos estranhos, dos ladrões e salteadores. E o pastor por excelência adverte-nos: “As minhas ovelhas espalharam-se por toda a Terra, e ninguém as procura para cuidar delas” Ez 34,6b. (Cfr Jr 10,21; 23,1-2).

 

MEDITAÇÃO

Não poucas vezes nos afastamos de Jesus, do Pastor e com pretensões de auto-suficiência aventuramo-nos por outras pastagens seguindo a “voz” de estranhos, transformando, pela ausência, a Jesus num estranho, também. Nestes momentos, não menos vezes, sentimo-nos esquecidos, desatendidos por parte de Deus! Só quem segue a voz do Pastor, o seu chamamento, e caminha nas suas pegadas perceberá em tudo a sua presença. Não vamos cair no erro dos discípulos em não perceber a urgência e clareza que Jesus pede: para pertencer ao seu rebanho é necessário uma convivência constante com Ele e a Ele confiar as nossas vidas.

 

ORAÇÃO

Dá-nos a coragem de fugir da “voz” dos estranhos, que continuamente nos arrebatam de Ti, Senhor. Não permitas que lhes confiemos a nossa vida, pois “só Tu és o nosso Deus e nós o teu povo, ovelhas do teu rebanho. Não permitas que, uma vez mais, endurecemos o nosso coração, como em Meriba, como no dia em Massa, no deserto”, como em tantos outros dias (cfr. Sal 95,7-8).

 

ACÇÃO

Que “vozes de estranhos” se aproximam de mim, todos os dias, para ocupar o lugar do Bom Pastor na minha vida? Fujo delas ou, pelo contrário, dou-lhes demasiado espaço?

 

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