SÁBADO

PALAVRA

Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias». Disse Jesus: «Eu não te disse que, se acreditasses, verias a glória de Deus?». Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, sai para fora». O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário.

A descrição do espaço e do tempo em que Lázaro se encontra (uma gruta, com uma pedra, depois de mais de três dias) faz-nos lembrar o espaço e o tempo de uma outra ressurreição que esta antecipa: a de Jesus. Aqui o objectivo é a “glória de Deus”, de modo a despertar a fé dos que ali estão presentes. Marta interpõe o argumento do tempo que passou; da possível decomposição do corpo. Desta forma, serão introduzidas as razões teológicas da revelação de Jesus que se apresenta como “ressurreição e vida”. Da morte à ressurreição plena.

 

MEDITAÇÃO

Depois da comoção, Jesus dá graças a Deus e grita: “Lázaro, sai para fora”. Muitos acreditaram nele. É esse o objectivo fundamental da nossa vida: acreditar em Jesus como Filho de Deus. No Evangelho de João este é o último dos “sinais” de Jesus. É o sinal que faz compreender a verdadeira identidade de Jesus. Depois, falta apenas a sua paixão e morte, que se concluirá com a sua vitória gloriosa da sua ressurreição. A nós, é-nos pedida esta fé que desperta respostas diferentes, mas respostas de vida. Para uma vida com sabor de eternidade. A nossa eternidade, na ressurreição de Jesus.

 

ORAÇÃO

Contigo a vida é muito mais suportável. Muito mais vida. A tua presença coloca-nos em intimidade com o segredo mais mal guardado, que não sabemos onde esconder: que a vida, este nosso existir, um dia chegará a um fim –  a ressurreição para ti. E como nos custa compreeder isto. Como nos custa perceber que são necessárias despedidas. Como nos custa a ideia de um dia também nós termos de partir. Mas tudo ganha novo sentido se definitivamente soubermos que esta vida será para estarmos contigo para sempre. Contigo, em mim. Contigo para sempre!

 

ACÇÃO

A uma semana de distância da semana maior: como a estou a preparar? Vou encontrar tempo para mim mesmo e a interioridade que a memória da morte e ressurreição de Jesus necessita? Já fizeste um “STOP” no teu caminho da Quaresma para examinar a vida, para ver como está a tua relação com Deus? Tranquilo/la… ainda estás a tempo…

 

 

Pe. Tarcízio Morais, sdb

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