SEXTA-FEIRA

PALAVRA
Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’
A lógica do dono da figueira era evidente. Eram já três anos infrutíferos, tempo mais que suficiente para a dever cortar. E por isso dá ordem para o fazer. Não tem direito a estar a esgotar a terra e não produzir frutos. Toda a criação deve dar frutos, cumprindo a missão que Deus a cada um destinou.
 
MEDITAÇÃO
Deus não mantém ninguém vivo na terra inutilmente. Enquanto aqui estamos todos temos uma missão a cumprir, frutos a dar. Todos os seres vivos e não apenas os humanos. Mas a estes Deus exige uma resposta mais consciente, mais livre, mais alegre, mais amorosa. Se Jesus reage assim com a figueira que dirá da nossa preguiça e da nossa negligência? Onde está a nossa resposta a tanto cuidado, a tanto carinho e a tanto amor com que Deus nos trata? Onde está a preocupação com a conversão do coração, a abertura ao mistério do Reino como dom de amor e como urgência de arrependimento e de preocupação pela felicidade dos outros? Durante esta Quaresma seria bom recordarmos frequentemente esta parábola da figueira.
 
ORAÇÃO
Tu sabes bem, Senhor, que o nosso problema principal, a nossa escravatura, está na dureza do coração. É de lá que sai tudo o que é impuro…E por isso precisamos da Tua ajuda para vencer a nossa inércia, a nossa malícia, a nossa infrutuosidade. Daí que hoje Te peça que realizes em nós o que prometeste pela boca do profeta Ezequiel: “Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo: arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Dentro de vós porei o meu espírito, fazendo com que sigais as minhas leis e obedeçais e pratiqueis os meus preceitos (Ez 36,25-26). Obrigado, Senhor, por mais esta tua generosa gratuidade.
 
ACÇÃO
Há muita coisa em mim, a nível físico, intelectual, social, laboral, afectivo, espiritual, etc., que ocupa o seu espaço na minha vida. Examinarei com cuidado e em pormenor “o que não dá fruto” e cortá-lo-ei hoje mesmo.
 

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