Após umas primeiras horas marcadas pelas homenagens às vítimas do acidente no Metropolitano de Valência, Bento XVI centrou-se nos temas que preocupam as famílias católicas um pouco por todo o mundo. Esta manhã, na Missa que encerrou o Encontro, o Papa afirmou claramente que reconhecer e promover a maravilhosa realidade do matrimónio indissolúvel entre homem e mulher, a origem da família, é um dos maiores serviços que se podem prestar ao bem comum e ao verdadeiro desenvolvimento das sociedades.
Consciente do país em que se encontrava, Bento XVI repetiu o seu apoio a todos os que lutam pelos princípios católicos numa sociedade cada vez mais secularizada e precisou que a família, célula básica da sociedade, não pode deixar de existir, lamentando que a mesma esteja acossada.
Sobre o tema do encontro, a transmissão da fé na família, Bento XVI lembrou que esta fé não é uma mera herança cultural, mas uma acção contínua da Graça. Esta perspectiva faz do matrimónio uma alta expressão da dimensão relacional, filial e comunitária, e da paternidade o sinal tangível da presença de Deus criador.
Por tudo isto, o Papa deixou um alerta contra uma cultura que muitas vezes exalta a liberdade do indivíduo como sujeito autónomo, como se ele se fizesse por si só e se bastasse a si próprio. Na mesma linha, condenou uma organização da vida social que seja feita apenas a partir dos desejos subjectivos e mutáveis, sem referência alguma à verdade objectiva.
A Igreja não se cansa de recordar que a verdadeira liberdade do homem provém de ser criado à imagem e semelhança de Deus. Por isso, a educação cristã é a educação à liberdade e para a liberdade, explicou.
Às famílias cristãs pediu que não percam de vista a fonte e a dimensão do amor e do dom recíproco.
Fonte: Ag~encia Ecclesia