O Pe. Rui Alberto, responsável pela revista catequistas, revela que a maior parte dos catequistas que responderam apresentam motivações ligadas ao serviço e, ao
mesmo tempo, uma motivação de autoaprendizagem, algo que é considerado
novo.
As primeiras análises aos inquéritos não indicam que haja diferenças entre homens e mulheres, no que concerne a motivação. Esta “descoberta” pode ser interessante se tivermos em conta que dos cerca de 60 mil catequistas portugueses se estima que 20% sejam homens e 80% mulheres. Ou seja, esta discrepâcia justifica-se com razões de outra ordem que não a motivação.
Da mesma forma, também o factor idade não revelou motivações diferentes.
Para o Pe. Rui Alberto, depois de serem analisados em profundidade, os dados deverão
permitir trabalhar modelos mais eficientes de formação de catequistas.
Outro impacto poderá acontecer ao nível do recrutamento, dado que nos últimos anos há indicadores que apontam para a estabilidade do grupo de catequistas. Se de facto não há diferença de género nas funções motivacionais, talvez o problema esteja no recrutamento, na imagem pública e eclesial deste ser um
ministério de mulheres, sublinha o coordenador do inquérito, para quem deveria haver mais
homens catequistas. Quer isto dizer que seria importante disponibilizar modelos de identificação
masculinos.