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(ANS – Ramapuram) – Essa dos Uzhunnalil é uma família que compartilha uma fé muito profunda em Deus. O P. Tom, como se sabe, foi ‘sequestrado’ no dia 4 de março passado em Aden. Apesar da guerra, ele optara por ficar perto dos mais necessitados no Iêmen. Precedentemente a Congregação Salesiana contara já com o luminoso exemplo de serviço do seu tio, P. Mathew Uzhunnalil, que da missão no Iêmen tinha sido o fundador. Agora, de Ramapuram, na Índia, cidade natal dos Uzhunnalil, mais um testemunho de fé nos chega do irmão do P. Tom, ele também Mathew, que, a despeito da difícil situação, declara: “Eu confio em Deus. Nada acontecerá sem a sua permissão”.
Mathew Uzhunnalil, 73 anos, é o irmão mais velho do P. Tom. Foi entrevistado em sua casa natal por Anto Akkara, correspondente do “National Catholic Register”. Mathew voltou a Ramapuram procedente de Vadodara, no Estado de Gujarat, no nordeste da Índia, no início do mês, desde quando se difundiu a notícia do ‘sequestro’ do P. Tom.
Conserva a televisão e o rádio quase sempre desligados, de modo que parece pouco consciente do grande caos determinado pelas vozes infundadas postas em circulação recentemente pelas redes sociais e mídia. Enfrenta a situação com quanto distingue os Uzhunnalil: a confiança na vontade de Deus. “Leio todo o tempo estes livros [religiosos]. Faz muitos anos que faço isso” – explica, enquanto aponta o volume “O Poema do Homem Deus”, da mística italiana Maria Valtorta. À pergunta sobre como passou as últimas três semanas, sozinho, na casa de família, abre o livro de oração mantido sobre o mesa e se põe a procurar alguns dos trechos preferidos que sempre o inspiraram. E, mais, especifica que tem exemplares dos mesmos livros, tanto na casa de Ramapuram quanto naquela de Vadodara.
Em Ramapuram – cidade que se orgulha de uma extraordinária floração vocacional, com perto de 1.000 vocações religiosas e sacerdotais, de 2.000 famílias católicas – Mathew é atualmente o único da família a estar ali: três seus irmãos e a irmã caçula – todos casados – vivem nos Estados Unidos, enquanto outra irmã mora na Índia, mas a cerca de 200 km de distância. Quando em setembro de 2014 lhes morreu a Mãe Thresia, também o P. Tom reentrara em casa.
“Sempre foi uma pessoa calma e tranquila – conclui Mathew, falando do irmão –. Também quando, uma vez, nos mostrou a foto de alguns edifícios atingidos pelos projéteis, não longe de onde morava”.
Entrementes, também a Comunidade Paroquial da terra natal da Família, na Paróquia dedicada a Santo Agostinho, acompanha o P. Tom e os seus caros, tendo outrossim organizado diversos encontros de oração para invocar a sua libertação.
Fonte: National Catholic Register