As perguntas podem ser distribuídas pelos participantes, após a leitura em voz alta do texto das Bem-Aventuranças, ou Sermão da Montanha. (Mt 5, 1-12)
Felizes vós
Só Deus nos torna plenamente felizes. Pergunto-me:
+ Estou mesmo convencido que Deus me chama a ser verdadeiramente feliz?
+ Como reajo à propaganda que me tenta convencer que o bem-estar material me fará feliz?
Felizes os pobres
+ Como pratico a partilha com os pobres de perto e de longe?
+ Como é que os meus gestos mostram a bondade de Deus, que é sempre defesa do pobre?
Felizes os que choram porque serão consolados
+ Os meus sofrimentos fecham-me aos outros?
+ Confio-me Àquele que invisivelmente sofre comigo e me abraça?
Felizes os mansos porque herdarão a terra
+ Como domino a arrogância que há em mim?
+ Estou convencido que quando me ofendem, a não-violência é resistência ao mal mas com armas diferentes daquelas que foram usadas contra mim?
Felizes os que têm fome e sede de justiça
+ Tenho presente que em cada dia, como dizia Teresa de Calcutá, Jesus se faz pão na Eucaristia e se faz fome nos pobres?
+ Vivo para construir uma aparência vazia, à procura dos primeiros lugares a qualquer preço?
Felizes os misericordiosos
+ Acredito sinceramente que Deus é misericórdia, também para mim?
+ Recordo que perdoar não é uma emoção mas uma decisão da fé?
Felizes os puros de coração porque verão a Deus
+ Sinto a necessidade de me purificar em profundidade, de tudo o que em mim há de inquinado, de pouco recto?
+ Pureza de coração é a procura sincera da harmonia com Deus. É este o motivo principal das minhas acções? Ou continuo a dar o primeiro lugar a mim mesmo em vez de a Deus?
Felizes os construtores da paz
+ Como estou por dentro? Partido, fragmentado, em discórdia comigo mesmo? Quais as causas?
+ Estou convencido que só transmitirei paz aos outros se a tiver dentro de mim?
Felizes os perseguidos pela justiça… porque vosso é o Reino
+ Estou disponível para pagar os “custos” de um amor que enche a vida até a dor se tornar uma experiência de plenitude?
+ Existir é resistir. Sei que a vida autêntica é a resistência na fidelidade ao Senhor?
Texto da autoria de António Carlos, originalmente publicado na revista catequistas, nº 80, Junho 2012